O conturbado trânsito de Miguel Alves

Houve uma época em que se contava nos dedos o número de carros e de motocicletas que circulavam diariamente pelas ruas e estradas de Miguel Alves.  As pessoas até sabiam de có e salteado quem eram os possuidores de carros no município: Jesus Rego,  Dedeus Lacerda, José Santana, Helvidio Medeiros, Osvaldo Torres, João Leal, Miguel Borges, Zé Ribeiro, Almir Medeiros, Dr. José Antonio Rebelo, Dr. Osmir Torres e filhos, Miguel Jorge, Dó, o sr. Aníbal do Tamanduá, Zé Teixeira  da Lembrança,  Eli Guimarães do centro do Desígnio, Raimundo Lopes da Santa Júlia e outros poucos proprietários rurais e donos de caminhões que faziam o transporte de passageiros da zona rural para a cidade, além do juiz de direito e dos médicos que prestavam serviço no município. Inclua-se também na relação os carros da prefeitura (caçamba e ambulância). Eu era menino e me lembro de que o fluxo de carros  era grande por ocasião dos festejos de São Miguel Arcanjo ou então quando tinha qualquer programação exclusiva na cidade que atraia visitantes, como as tradicionais festas de colação de grau no SOREMA e a visita do governador.

Fotos de Reprodução:

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A cidade, que antes possuía só um posto de venda de combustível, agora tem quatro postos. O número de carros e motocicletas praticamente triplicou ou quadruplicou, sei lá! Só sei que hoje tem muito carro e moto. Quem chega hoje em Miguel Alves se depara com um trânsito conturbado, sem qualquer indício de fiscalização por parte dos órgãos competentes.  Aquela calmaria de antes já não existe mais pelas ruas e estradas do Miguelaves. Carro vai, carro vem, motocicletas transitam pra lá e pra cá em alta velocidade, em flagrantes desobediências às normas de trânsito, gerando uma confusão desmedida, além do risco de acidentes que de vez em quando acontecem, inclusive com vítimas fatais. Driblando carros, motos e ciclistas, os pedestres passeiam sufocadamente pelo centro da cidade, nos dias de maior movimentação. É um Deus nos acuda.

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Pois bem, diante do exposto, faz-se oportuno esclarecer que o novo Código Nacional de Trânsito prevê uma clara divisão de responsabilidades e uma sólida parceria entre órgãos federais, estaduais e municipais. Assim sendo, cabe ao município assumir a responsabilidade pelos serviços de engenharia, fiscalização e educação no trânsito. Entretanto, no município de Miguel Alves até hoje a prefeitura não assumiu a responsabilidade, deixando, por conseguinte, o trânsito do município entregue aos condutores de veículos que inexplicavelmente ou irresponsavelmente fazem da imprudência a sua lei maior.